Origem do Congregacionalismo
O Congregacionalismo, cujas raízes remontam ao século XVI (1501-1600) na Inglaterra, surge como uma resposta à Reforma Religiosa Inglesa e à tendência da época de uma Igreja estatal centralizada, hierarquizada e ditatorial.
No contexto da reforma liderada por Henrique VIII, um grupo de irmãos insatisfeitos com os rumos tomados pela transformação religiosa decide se distanciar da Igreja Anglicana. Esses dissidentes, inicialmente conhecidos como Independentes, posteriormente adotam o nome Congregacional para refletir sua visão de comunidades autônomas e descentralizadas.
Essa separação foi motivada não apenas por convicções religiosas, mas também pelo descontentamento com a direção tomada por Henrique VIII, que se afastou da Igreja Romana por motivos pessoais e políticos.
Nesse período, durante o reinado de Eduardo VI (1553-1558), o movimento puritano ganha influência na Igreja Anglicana, buscando a simplicidade de culto e a pureza dos costumes.
Perseguidos na Inglaterra, alguns irmãos separatistas ou independentes estabelecem-se na Holanda, e de lá partem para os Estados Unidos a bordo do famoso navio MAYFLOWER. Esses colonos fundam a primeira comunidade Congregacional em PLYMOUTH.
Ao mesmo tempo, muitos irmãos independentes permanecem na Inglaterra, enfrentando perseguições por parte das autoridades políticas e religiosas, mas continuam a crescer.
O Congregacionalismo se expande notavelmente pelo mundo, principalmente por meio das Igrejas de governo Congregacional nos Estados Unidos, tornando-se uma tradição que transcende fronteiras geográficas e influencia diferentes contextos culturais.